quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Alimentação equilibrada é fundamental para gravidez de sucesso


            Atenção, mulher: se você pensa em engravidar, uma das primeiras preocupações é prestar atenção ao que você põe no prato. As mulheres que comem alimentos de boa qualidade têm mais chances de conceber e ter uma gravidez bem-sucedida. 
           Com o estilo de vida atual, perdemos muitos dos nutrientes essenciais para a nossa saúde. Os produtos industrializados, os pratos prontos e a fast food são muito práticos, mas não contribuem para uma boa nutrição. 
            Para Gabriela Halpern, nutricionista do Fertility - Centro de Fertilização Assistida, em São Paulo, quanto mais colorido o prato da mulher que deseja engravidar, melhor. Cada cor concentra um nutriente e a diversidade garante à futura gestante o equilíbrio adequado para uma função reprodutiva normal.
            Comer frutas, legumes e verduras é importante por causa das fibras, que atuam na harmonia das floras intestinal e vaginal. A alimentação é capaz de alterar significativamente a receptividade ao espermatozóide. Destaque para as folhas verde-escuras, como brócolis, espinafre e couve, que contêm as vitaminas C e E, atuantes contra os radicais livres, tóxicos à nossa saúde, e também o ácido fólico, vitamina do complexo B fundamental para o desenvolvimento do sistema nervoso central do bebê.
             A recomendação é que o ácido fólico esteja presente na alimentação de todas as mulheres em idade reprodutiva. Essa vitamina vai se encarregar da boa constituição do tubo neural do feto. Na gravidez, a ingestão do ácido fólico (e outras vitaminas do complexo B) deve continuar pelo menos nas primeiras semanas de gestação. Esse cuidado ajuda a evitar abortos espontâneos e partos prematuros. Alguns estudos demonstram que o ácido fólico pode estar relacionado ainda a uma maior probabilidade de gestação de gêmeos, especialmente em processos de fertilização assistida. 
             Cereais integrais, grãos, peixes e sementes também devem fazer parte da dieta da mulher que quer engravidar. Já carne vermelha, gorduras trans e saturadas, frios, embutidos, condimentos prontos, álcool e café em excesso devem ser evitados. Durante a gestação, cresce a sensibilidade do organismo à cafeína, que atravessa a placenta e pode causar pressão alta e taquicardia. Fígado de boi também deve ser ingerido com parcimônia por causa da da vitamina A, considerada prejudicial à formação do feto.
              Os homens devem seguir a mesma dieta-base das mulheres e caprichar no ômega 3, presente no óleo de peixe e sardinhas. O ômega 3 tem propriedade antiinflamatória, que colabora para a fluidez das membranas e mobilidade dos espermatozóides.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Mães que perdem o bebê na gravidez: o que fazer?


            Certas coisas não têm explicação. A dor de perder um filho durante a gestação, por exemplo, está longe de ser entendida por aqueles que não passaram por isso. A ginecologista e obstetra Gisela Traut Kirst, da Clínica Medcorps, afirma que uma gravidez interrompida deixa uma sensação de vazio e mexe com sentimentos de impotência ou culpa. "Não é raro descobrirmos que uma gravidez foi interrompida há semanas e a mãe não sabia. Diante da notícia, ela têm dificuldade em acreditar e se pergunta: 'o que eu fiz de errado'?", conta. 
            A psicóloga Carina Chagas Siviero, do Hospital Santa Cruz, afirma que a família é essencial nesse momento, e que a mãe também pode tomar algumas atitudes para ajudar na superação. Adote os conselhos dos especialistas a seguir.

            Primeiras semanas
           Neste primeiro momento, a mãe pode ter as mais diversas reações, desde culpar o médico e os familiares pelo acontecido até jogar toda a culpa em si. Mas nada disso deve ser condenado. "A mulher pode falar e fazer coisas absurdas nesse tempo e a família tem que compreender e respeitar", conta a psicóloga Carina. 
            A psicoterapeuta Blenda Oliveira, de São Paulo, explica que a mãe pode até continuar a vida como se a criança ainda estivesse viva: deixar o quarto intacto, lavar as roupas que seriam do bebê e etc. Porém, o ideal é que a mãe não fique paralisada nisso por muito tempo.
           Carina conta que é importante que a mãe viva toda a fase ruim nas primeiras semanas, para que possa superar. "Ela vai sofrer muito, mas dessa forma entrará em contato com as mudanças internas e externas que terá de encarar daqui pra frente", explica a profissional.

           Não segure o choro
           O ato de chorar nessa primeira fase é muito importante, já que ele libera a tensão acumulada e ajuda, inclusive, a prevenir doenças. Pode parecer estranho, mas a família pode até incentivar o choro da mãe em alguns momentos. 
          Afinal, uma mulher que perde o filho durante a gestação havia criado toda uma expectativa, imaginando tudo o que o filho poderia ter sido e ter feito, e agora infelizmente não verá isso acontecer. Esse sofrimento tem que ser respeitado.

            O que a família pode e deve fazer
           "A família deve acompanhar a mãe nesse processo, sempre com muita paciência", conta Carina. Os familiares devem estar sempre ao lado e à disposição. O ideal é procurar saber o que ela precisa em vez de ficar sugerindo ou recomendando saídas para o sofrimento.
           "Os parentes devem incentivá-la a falar o que sente e o que pensa, mas sempre dentro dos limites dela. As mães costumam ficar pensando no que gostariam de ter visto o filho fazer. O ato de ela expressar essas coisas ajuda a compreender o acontecimento e fechar o ciclo", explica a psicóloga Carina. 
            A psicoterapeuta Blenda Oliveira também lembra que, se a família perceber que a situação está ficando preocupante - a mãe parou de comer ou entrou em um estado de prostração, por exemplo -, é preciso ajudar, mesmo que dentro dos limites da mulher. Procure incentivá-la a comer, a caminhar e a se distrair em alguns momentos. 

            Se a tristeza não for embora...
            O limite é muito difícil de ser enxergado, mas há alguns casos em que a tristeza pode evoluir para uma doença. "No início, é difícil perceber o que pode fazer parte do processo e o que beira a patologia, já que qualquer reação pode ser esperada", diz a psicóloga Carina. "O que vai dizer se é patológico ou não é o tempo", completa.
            Se a mãe ficar paralisada no momento da perda da criança, sem apresentar nenhum sinal de avanço, é bom ter cuidado. As doenças que geralmente estão associadas a essa situação são: problemas de controle alimentar - que podem causar obesidade ou anorexia -, depressão crônica, insônia e excesso de agitação - a mãe fica em constante atividade para não ter que lidar com o sentimento de perda.
           Também pode acontecer de a mãe se concentrar 100% nos outros filhos que tem - tornando-se superprotetora - ou deixar as crianças de lado, pois não consegue cuidar de um sem lembrar-se do outro. Em todos esses casos, é fundamental procurar um profissional qualificado para tratar o trauma da melhor maneira possível.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O bebê nasceu? Então redefina suas prioridades


             Ser uma boa mãe, uma esposa companheira, profissional de destaque, manter a casa impecável, estar bonita, ter amigos, fazer sucesso. Ufa! Só sendo uma supermulher para aguentar toda essa cobrança. E será que sobra um tempinho para ser você mesma? 
            Cuidado! Ter que dar certo em tantos papéis cansa, e o resultado pode ser depressão, crises de estresse, ansiedade e até problemas de saúde mais prosaicos, como dor-de-cabeça e cansaço. É saudável e necessário definir prioridades e redesenhar a sua necessidade de responder a todas essas pressões externas.
             A vida real não é uma propaganda de margarina, e a sua família não é estrela de comercial de TV. As coisas não saem perfeitas, mesmo. Em vez de se culpar por isso, ou tentar fazer tudo ao mesmo tempo e não conseguir fazer nada direito, respire fundo.
             Diga não para as cobranças que vêm de fora e de dentro de você. Aceite que há limites de tempo, habilidade, dinheiro, energia para fazer tudo como você se sente obrigada a fazer. Aproveite isso para se planejar melhor, deixando na agenda só o que é importante ou sua responsabilidade intransferível. 
             Muitas tarefas cotidianas podem ser delegadas, abolidas ou feitas de um jeito mais simples. Talvez não fique tão perfeito e você provavelmente terá que fazer escolhas e abdicar de algumas coisas. Em compensação, terá tempo para as tarefas realmente importantes, como curtir o seu filhote.

             O espelho de fora e o de dentro

             Pode ser um susto. Logo após o parto, a imagem refletida no espelho não se parece muito com aquela refletida há cerca de 9 meses. Os seios estão maiores, a pele pode estar marcada com estrias, o corpo ficou mais arredondado, as calcinhas e sutiãs são pavorosos, as roupas mais largas.
             Muita calma. Olhe de novo: além desses sinais, o que mais você vê? Somos muito mais do que o espelho reflete. Quem é este ser que só se vê quando olha para fora? Que só se reconhece pelo olhar dos outros? Ninguém sobrevive sem o apoio das pessoas queridas.
             Mas, além de contar com a opinião externa, é importante prestar atenção nos seus desejos. É claro que você quer se sentir bonita de novo. Mas dê tempo ao tempo. O organismo precisa se recuperar do processo da gravidez e do parto. Com a amamentação e o agito dos primeiros meses, o peso tende a voltar ao normal. Mais pra frente, há dezenas de soluções estéticas para todo tipo de problema que ficar. 
             Pense bem: a sua família, seus amigos, as pessoas que você ama, quando te olham, enxergam as formas externas ou te admiram por outros atributos não visíveis aos olhos? A maternidade também traz mudanças positivas, que você vai perceber aos poucos. E essa não é a hora de ficar angustiada por causa da vaidade. Há outras coisas mais importantes para viver e aproveitar. Quanto mais você fizer isso, mais vai curtir a maternidade e relaxar das encanações do corpo - pelo menos, por enquanto. Resultado? Um humor lá em em cima, que deixa você prestar a atenção num forma diferente de beleza, bem mais importante e vistosa.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Como engravidar com segurança após os 35 anos?


           O adiamento da gravidez é uma escolha muito comum das mulheres nos dias de hoje. É uma tendência mundial. Com isto, o número de grávidas ou mulheres tentando engravidar na faixa entre 30 e 40 anos tem aumentado nos últimos anos. Dados da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) indicam que, no Estado de São Paulo, o número de mães entre 35 e 39 anos aumentou 2,3% em dez anos. Em 1995, nasceram 44.891 bebês de mães nesta faixa de idade, o que representa 6,6% dos nascimentos no Estado. 
           Em 2005, o percentual aumentou para 8,9% com 55.152 nascimentos. São muitos os fatores envolvidos na decisão de adiar a maternidade: a estabilidade profissional, a espera por um relacionamento estável, o desejo de atingir segurança financeira, ou, ainda, a incerteza sobre o desejo de ser mãe. Entretanto é importante alertar estas mulheres sobre as conseqüências desta decisão: a idade afeta a capacidade reprodutiva feminina. A queda na fertilidade com o avanço da idade é um fato biológico. Estima-se que a chance de gravidez por mês é de aproximadamente 20% nas mulheres abaixo de 30 anos, mas de apenas 5% nas mulheres acima dos 40. Mesmo com os tratamentos para infertilidade, como a fertilização in vitro, a fertilidade diminui e as chances de um aborto espontâneo aumentam após os 40. Há várias explicações para esse declínio de fertilidade: condições médicas, mudanças na função ovariana e alterações na liberação dos óvulos. 
            A mulher de 40 anos também tem mais chances de apresentar problemas ginecológicos, como infecções pélvicas e endometriose, que podem diminuir a fertilidade. À medida em que a mulher envelhece, seus óvulos também envelhecem, tornando-se menos capazes de serem fertilizados pelos espermatozóides. A fertilização desses óvulos está associada a um risco maior de alterações genéticas. Por exemplo, alterações cromossômicas, como a Síndrome de Down, são mais comuns em crianças nascidas de mulheres mais velhas. Há um aumento contínuo no risco desses problemas cromossômicos conforme a mulher envelhece. Quando os óvulos com problemas cromossômicos são fertilizados, eles têm uma possibilidade menor de sobreviver e crescer. Por essa razão, mulheres que estão acima dos 40 têm um risco aumentado de abortos espontâneos também. 
            Para prevenir a malformação fetal pelo menos seis meses antes de engravidar, é preciso iniciar a suplementação com ácido fólico, que se estende até a 14ª semana de gestação. A função do ácido fólico é prevenir defeitos de fechamento do tubo neural fetal, garantindo uma boa formação da medula espinhal e do cérebro do bebê.

             Preparação é fundamental

             Além de saber que a idade pode ser um fator determinante da fertilidade feminina, a mulher, após os 35 anos de idade, precisa adotar cuidados adicionais antes de engravidar. Os riscos de uma gravidez tardia podem ser contornados com uma preparação prévia e um pré-natal com acompanhamento adequado. Quanto mais saudável estiver a mulher, maior a chance que os nove meses transcorram com tranquilidade. O primeiro passo desta preparação é colocar a carteira de vacinação em dia. Pelo menos três meses antes de engravidar, a mulher precisa se proteger contra rubéola, sarampo, caxumba, hepatite A e B e catapora.
             Nesta etapa de preparativos não podem faltar os testes de sorologia para hepatite B e C e HIV. Os problemas de saúde preexistentes também devem ser analisados mais de perto no caso de uma gestação tardia. Casos como os de hipotireoidismo merecem atenção especial porque são mais comuns em pessoas acima dos 35 anos e podem interferir numa gravidez. 
            Mulheres portadoras de doenças crônicas, tais como pressão alta e diabetes também merecem atenção especial e aconselhamento do obstetra antes de tentar a gravidez. O ginecologista que acompanha esta mulher deve fornecer informações quanto ao curso da gravidez quando se tem hipertensão arterial ou diabetes. É importante que essas doenças estejam bem controladas antes da tentativa de engravidar. Pois, mesmo sem apresentar pressão alta e diabetes pré-existentes, essas condições se desenvolvem mais comumente em mulheres que concebem após os 35 anos. Como resultado desse risco aumentado, exames e monitoramento especiais podem ser recomendados durante a gravidez.

             O lado bom

            Geralmente, quando a maternidade acontece tardiamente, a mulher tem maior equilíbrio emocional para criar o filho. Do ponto de vista psicológico, o estresse e a depressão diminuem. A mulheres que decidem ter um bebê mais tarde, geralmente têm consciência de que precisam melhorar o seu estilo de vida para favorecer a sua própria saúde e a do bebê. Elas adotam com maior facilidade as recomendações para fazerem atividades físicas e manterem uma alimentação controlada para evitar ou controlar problemas cardíacos, diabetes, hipertensão e colesterol alto.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Estimule seu bebê ainda na barriga


           O espaço quentinho e protegido na sua barriga não é um mundo isolado. Mesmo antes de nascer, o bebê pode sentir e escutar o que se passa com a mãe. Melhor do que saber que suas conversas com ele são ouvidas é que esses momentos dedicados a seu filho se refletem no desenvolvimento dele e, acredite, até no comportamento que terá no futuro. 
           Falar, acariciar a barriga, cantar e ouvir música são gestos percebidos pelos bebês ainda no útero. Esses momentos passam ao pequenino a sensação de tranquilidade e segurança, e ajudam a estabelecer um vínculo ainda mais próximo com a mãe e o mundo que a cerca. Só isso já seria o bastante para dar toda a atenção para a barriga.
            Mas tem mais. Estudos internacionais mostram que ouvir música clássica durante a gestação colabora no desenvolvimento do cérebro do baby é o chamado efeito Mozart.
           Outra: o bebê estimulado desde a barriga com carinho, música e conversas tem uma capacidade maior de aprender na infância, e seu comportamento social é mais adequado", conta a terapeuta Mônica Lemos, da Universidade de Brasília.
             E nem é preciso esperar ele nascer para notar os benefícios dessa atenção. Ainda na barriga, o bebê responde à mãe de uma forma muito especial , conta Mônica. "Os batimentos cardíacos ficam mais calmos, ele se movimenta, pisca e faz o movimento de sucção como se estivesse mamando quando a mãe canta, por exemplo", diz ela. Não há prazo certo para começar. Por volta da 16ª semana de vida o ouvido do feto já está formado, e ele pode escutar o que se passa lá fora.
            Sabe aquela história de que a música que a mãe ouvia na gravidez é o único calmante para o recém-nascido chorão? É verdade, especialmente  depois dos seis meses de gestação, quando a memória implícita já está formada no pequenino.
            É esta parte do cérebro que, no futuro, dará a sensação de que aquilo já foi sentido antes. Quando estava grávida de Miguel, a atriz Nívea Stelmann aproveitava todos os momentos de tranquilidade para estimular o bebê. Tomava longos banhos de espuma para acariciar a barriga e falar com ele, conta. 
           Na época, Nívea interpretava a vilã Graça, na novela global Chocolate com Pimenta. Preocupada com o impacto das cenas, ela explicava para o bebê o que estava acontecendo. Dizia para meu filho que aquilo era uma brincadeira, que a mamãe é atriz e as falas na gravação não eram o que eu pensava de verdade, lembra. O esforço de Nívea para passar boas emoções ao bebê tem fundamento científico. Se a mãe está relaxada, o feto percebe isso e relaxa também. Se a mãe está tensa ele também é capaz de sentir e responde com tensão, diz a terapeuta Mônica. Portanto, não subestime o poder desse contato e aproveite para curtir o bebê desde já.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Alguns hábitos prejudicam a formação dos dentes do bebê


           Nesta época do ano, em que se comemora há séculos com a mesma gratidão e reflexão o nascimento de Jesus, aproveitamos para escrever algumas linhas sobre questões que podem ser mitos ou verdades quando pensamos nos dentes nos nossos baixinhos.
           O estresse faz parte do dia a dia e, assim como o sono, muitas vezes é incontrolável: quando vem, fica difícil superar! Muitas situações sociais e de convívio passam por momentos complexos que tendem a criar doenças psicosomáticas, ou mesmo doenças psicológicas que tornam os dias mais pesados e longos.
          Dessa forma, situações prazerosas tendem a ser mais escassas, e muitas pessoas acabam apelando para o álcool ou cigarros para se divertir em reuniões entre amigos e família, já que esses produtos agem na produção das famosas serotoninas e dopamidas, responsáveis pela alegria e felicidade. E, para aqueles mais reclusos às famosas "pílulas da felicidade", os medicamentos anti-depressivos e ansiolíticos. 
           Mas, o que isto tudo tem a ver com odontologia de bebê? São nesses momentos de alegria entre amigos e familiares que pode surgir a pretensão de ter filhos, deixando de lado os mais variados métodos contraceptivos para tornar tudo mais belo e surpreso. Além disso, muitos casais não abandonam alguns desses hábitos, como o consumo de álcool e cigarro, durante o período de gestação, o que pode trazer alguns problemas ao feto. 
          Os primeiros momentos, após a fecundação, são fundamentais para o desenvolvimento de muitos sistemas do organismo: esqueleto, cérebro, coração. Na verdade, nos três primeiros meses da gestação, são formados todos os órgãos e sistemas do feto, incluindo os dentes, que são conceituados como um órgão, já que podem ser definidos como um conjunto de tecidos que organizados por células formam um sistema funcional.
          Analisando a situação por este prisma, o cigarro e a bebida alcoólica são os principais fatores que provocam uma deformidade conhecida como "lábio leporino", ou tecnicamente falando: fissura labial, palatal e nasal. Já nos três meses do meio da gestação essas partes do corpo se desenvolvem e aumentam de tamanho, e, finalmente, nos últimos três meses esses órgãos são finalizados. 
         Os primeiros momentos da gravidez são tão importantes que existe uma recomendação da Organização Mundial da Saúde que aconselha as grávidas que necessitem de tratamento medicamentoso, cirúrgico ou anestésico a realizarem esses procedimentos nos três meses do meio da gestação, para que tais drogas não provoquem a má formação de órgãos e sistemas de corpo humano, que acontecem principalmente nos três primeiros meses, ou antecipem o nascimento. 
          Assim como há cuidados que devem ser tomados pela gestante durante a gestação, existem também mitos que deixam as mulheres ainda mais assustadas com seu estado de saúde. Um deles é que o feto retira cálcio dos ossos da mãe para formar os dentes. Isso é um mito muito bem espalhado. Mas como explicar a suscetibilidade a cárie durante esta fase? Bem, o que acontece nas primeiras semanas da gravidez são sucessivos momentos de náuseas e até vômitos causando um verdadeiro desequilíbrio do pH bucal e da saliva, enfraquecendo a camada que recobre o esmalte dentário, gerando pequenas erosões e regiões esbranquiçadas denominadas de desmineralização. 
          Outra situação que promove o aparecimento de cavitações cariosas é o fato de a grávida comer com mais frequência para nutrir seu sistema e ajudar no desenvolvimento adequado do feto. O que ocorre nesta situação é que a saliva necessita de algo em torno de uma a duas horas para que o pH salivar e bucal retorne ao seu normal. E como a gestante possui a tendência de comer a todo instante, o pH fica sempre ácido enfraquecendo a estrutura dental da mãe.
           Mas, o que fazer para evitar ou diminuir a possibilidade de lesões nos dentes, no esmalte? Simples: dieta balanceada, muitas frutas, legumes e estimulação através dos movimentos mastigatórios, produzindo saliva suficiente e com alta qualidade, associando uma correta escovação, que seu dentista poderá orientar os movimentos corretos, escova mais apropriada e dentifrício (pasta, creme, gel, liquido). 
           Portanto, se você pretende ter filhos ou recomendar algumas informações úteis aos amigos, esses são alguns cuidados e mitos sobre a relação dentes da gestante, do feto e o consumo de certas substâncias.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Por dentro do que acontece nos três primeiros meses de vida do bebê


          Por volta do segundo mês de vida, o bebê passará a maior parte do tempo observando e ouvindo as pessoas que o cercam. Ele aprenderá que essas pessoas irão entretê-lo e acalmá-lo, que irão alimentá-lo e farão com que se sinta mais confortável. Ele se sentirá bem quando essas pessoas sorrirem para ele e, instintivamente, ele saberá que poderá sorrir para elas também. Até mesmo durante o primeiro mês pode ser que já comece a esboçar algum sorrisinho e faça caretinhas. Contudo, durante o segundo mês, estes movimentos se tornarão sinais genuínos de contentamento e amizade em relação às pessoas que se relacionam com ele.
          Você já teve a experiência de observar o primeiro sorriso do seu bebê para você? É um verdadeiro marco no relacionamento entre mãe e filho. O bebê também passa a perceber que, além do choro, esse movimento com os lábios é uma alternativa para se comunicar com você.
           Aos três meses, o bebê será mestre na linguagem do sorriso. Algumas vezes ele iniciará a conversação através de um grande sorriso e pode ser que comece também a balbuciar. Ele usará o corpo todo para se comunicar com você. Com certeza, o bebê não reagirá assim com todas as pessoas. Assim como os adultos, terá mais afinidade com algumas pessoas ao invés de outras e os favoritos, na certa, serão os pais. Então, aos três ou quatro meses ele passará a se interessar por outras crianças. Se ele tiver irmãos, você verá como ficará sorridente cada vez que eles começarem a conversar com ele.
          Parentes mais próximos talvez ganhem um sorriso meio tímido no começo, mas depois o bebê começará a balbuciar alguns sons se eles continuarem a interagir. As pessoas estranhas, ao contrário, dificilmente merecerão mais do que um olhar curioso ou um sorriso muito rápido. Esse comportamento seletivo nos mostra que até mesmo um bebê já começa a identificar quem é quem em sua vida.
          Esse tipo de comunicação tem um papel fundamental no desenvolvimento social e emocional da criança. Ao responder cada vez que ele lhe sorri e estimulando-o a ter essas "conversações", você automaticamente estará lhe dizendo o quanto ele é importante e que ele já tem certo controle sobre sua própria vida. Demonstrando que você entende que ele está tentando lhe dizer algo quando murmura algum som e respondendo-lhe prontamente sem interrompê-lo ou ignorá-lo, você mostra o quanto está interessada nele e quanto valor ele tem. Isso contribui enormemente no desenvolvimento da autoestima da criança.
         Conforme ele cresce, a maneira pela qual vocês dois se comunicam irá variar conforme as necessidades dele. No dia a dia, você notará que ele tem três níveis gerais de necessidades, cada um deles mostrando um lado diferente de sua personalidade:

1. Quando as necessidades são urgentes, como quando se tem muita fome ou dor, por exemplo, ele fará com que você entenda a mensagem rapidamente berrando, reclamando ou usando desesperadamente a linguagem corporal. Isso fará com que você o atenda prontamente;

2. Quando ele está sonolento e tranquilo ou quando está acordado e se entretendo com alguma coisa: você terá a certeza de que satisfez todas as necessidades dele no momento. Isso lhe dará a chance de descansar um pouco ou de se dedicar a alguma outra atividade;

3. A cada dia haverá momentos nos quais ele ficará reclamando ou resmungando mesmo que tenha todas as necessidades satisfeitas. Ele fará com que você perceba isso choramingando ou através de movimentos agitados. Se você cantar para ele, brincar com ele, carregá-lo no colo, embalá-lo ou caminhar com ele, o alvoroço pode passar. Em outras ocasiões, entretanto, isso não basta. Você irá notar que muitas vezes qualquer uma das estratégias citadas pode fazer com que ele se acalme momentaneamente para, depois, ficar ainda mais nervoso e chorão. Isso acaba sendo um círculo vicioso, que só é quebrado se você permitir que ele chore e reclame por alguns minutos ou se você distraí-lo com alguma atividade diferente, como levá-lo para um passeio fora de casa ou alimentá-lo.
           Com o passar do tempo, os períodos de necessidades urgentes irão diminuir e ele será capaz de se distrair sozinho por períodos maiores de tempo. Isso ocorre, em parte, porque você irá aprender a conhecê-lo melhor e se antecipar em atendê-lo antes que ele tenha a chance de reclamar. Mas acontece também porque o sistema nervoso do bebê vai amadurecendo e ele vai adquirindo a habilidade de lidar sozinho com o estresse do cotidiano.
           Durante os primeiros meses de vida do bebê você não deve se preocupar em achar que o está mimando demais ou dedicando muita atenção a ele. Procure atendê-lo todas as vezes em que ele necessitar de você. Na verdade, quanto mais rapidamente você atender às necessidades do bebê quando ele estiver irritado durante os seis primeiros meses menos trabalho ele lhe dará quando ficar mais velho. Isso acontece porque nos seis primeiros meses ele necessita de atenção e cuidados constantes para se sentir seguro em relação a você e a si próprio.
           Ajudando-o a se sentir seguro nesta fase, você estará desenvolvendo nele um forte senso de segurança que será muito importante para que, gradualmente, ele consiga se separar de você (ficar independente) e se tornar, posteriormente, uma pessoa forte, segura e autossuficiente.

Principais desenvolvimentos alcançados pelo bebê ao término do terceiro mês de vida, referentes aos aspectos sócio-emocionais

Começa a desenvolver o sorriso social;
Aprecia quando brincam com ele, e pode até chorar quando a brincadeira termina;
Torna-se mais comunicativo e se expressa muito através da própria face e do corpo inteiro;
Imita alguns movimentos e expressões faciais.

Brinquedos e atividades recomendadas entre o primeiro e o término do terceiro mês de vida do bebê:

Imagens ou livros com cores e desenhos bem contrastantes;
Espelho inquebrável amarrado seguramente dentro do berço;
Chocalhos; Móbiles variados com cores vibrantes;
Cantar para o bebê;
Tocar músicas suaves e de melodias variadas do tipo "caixinha de música" (não é recomendável brinquedos com sons muito altos ou estridentes).